No casuá do inexplicável,
insustentável suspiro de fêmea
mulher sem corpo
sem a companhia da pele
perto de tudo o que nos vivos é incerteza
Mistério de ter vivido e morrido
e vivido e renascido nas palavras
que agora pronuncio
Esperança é arma engatilhada
Não vamos mais esperar
Quero agora tudo quanto defunto sendo
posso ter e voar
– materializar minha língua
nas mãos de um babalorixá.