AÇOITE


As mãos flácidas batem-me
até cansar o sangue de seu dono
até os músculos do braço tremerem,
como se estivessem aplaudindo o fim do ato.
O espetáculo em preto e vermelho.

Sou eu a negrinha insolente
caverna de prazeres.


Teu ódio é não teres de tua amada nunca espancada o gozo e o menino que trago em meu ventre.
O fruto que negarás, te matará um dia
com as mãos fortes que as tuas ensinaram
a sacar gatilho que julgavas te defender.